sábado, 16 de março de 2013

BG Helena Odgar - Celestiais





Nome: HELENA ODGAR
Raça: CELESTIAIS
Sub Classe: HEALER
Clero: SANCTI

Luzes de todas as cores brilhavam perto de mim. Ainda tonta sentia o ecoar de ruídos e tentava-os decifrar. A sensação dor ainda física, e ao mesmo tempo, de um grande alívio espiritual eram indescritíveis.O tremor nos músculos do inexistente corpo e a sensação de fraqueza atordoava minha visão.Encantada por uma luz rosa e azul cintilante que emanava direto do céu e penetrava o meu peito irradiando um fluído cósmico, me permitiam transcender lentamente. Eu sabia que eram asas! Elas cresciam em mim. A minha criança interior estava sendo libertada. Minha vontade era de gargalhar se não fossem as dores que atrapalhavam a sensação. Era claro que estava contecendo. Minha passagem pela vida terrena chegara ao fim. Eu renascia em outra dimensão.
Fui filha única de uma família abastada, nasci e cresci na Província de EDO no  Japão em época de pós-guerra. O Japão se reerguia aos poucos. Muita miséria se instaurou em todos os lugares. Abençoada por um lar de união e amor, desde criança fui ensinada pelos meus pais ser humilde e a praticar a caridade. Ainda pequena fui apelidada carinhosamente de “Kireywa“ (dialeto kandy, que significa estrela que brilha). Não que eu achasse tudo engraçado, mas a facilidade de encarar as situações como aprendizado e delas tirar de tudo o melhor ... sorrindo ! eram pertinentes a minha pessoa.
As cenas do cotidiano eram ensurdecedoras dos sentimentos. Nada tinha de alegre em uma nação que se recupera de uma guerra. Dotada de grande beleza física, aos 16 anos começaram as propostas de casamento onde pude negar todas por vontade própria, apoiada  pelos meus pais em todas as minhas decisões. Meus pais sabiam que eu era especial e que minha missão de vida não era constituir família. Não conseguia conceber a mim mesma a visão de uma esposa dedicada ao marido e aos filhos como assim eu observava em minha mãe. Dentro de mim ardia a vontade de ajudar aos menos favorecidos através do amor, da alegria, do sorriso.
Nunca sequer deixei de agradecer as forças Divinas pela minha existência e por toda felicidade que me fora permitida. Seria egoísmo de minha parte receber um dom divino tão intenso e guarda-lo só para mim. Meu único pedido em orações ao Pai ao fechar dos meus olhos em sono, era o de forças, discernimento e sabedoria para que eu continuasse a transformar tanta tristeza em alegria. Nunca entendi ao certo o porque desta frase em minhas orações, mas ela saia de meu pensamento com tanta força, que eu não a modificava de maneira alguma. Minhas obras não paravam de crescer e meus seguidores também. Logo meus feitos se espalharam... E com eles, chegavam de todos os lugares crianças sem lar e doentes crônicos que sofriam de doenças provocadas pelo efeito da Bomba. Meu pai, dispôs de boa parte da fortuna da família para que minhas obras não parassem. Todos acreditavam em confiavam em mim. Certa vez minha mãe me questionou se eu não sentia falta de um companheiro, um marido ou de filhos, pois ela temia que após sua morte e de meu pai, eu ficasse sozinha neste mundo.
Isso não me preocupava. Meus companheiros eram os muitos idosos abandonados pela família á própria sorte, a doenças incuráveis que nem sabíamos se eram contagiosas ou não. Meus filhos eram as crianças sem pais, que eu podia conviver diariamente. Minha família se completava com cada ser humano para o qual eu podia doar um pouco do meu amor ou acompanhar até o leito de morte, cantando, sorrindo, acalentando para amenizar o sofrimento. Minha maior alegria era contar histórias para as crianças e os idosos. Elas eram mais eficientes do que os remédios! Nem tinha tanto contato com a cultura dos outros países, mas as histórias apareciam em minha mente num piscar de olhos. A pequena Emily da África e seus animais falantes, a grande Mag Da Alemanha e sua fabrica de doces, o guerreiro Migthy de Jerusalém e sua bazuca de melancia! Até o pintor Luciano que usava tintas comestíveis em seus quadros! Dentre outras que inventava com palavras intraduzíveis como: Venatores, Sancta, Pretatores,Veritatis, Perquiradores. Ahhh, como nós nos divertíamos! As crianças gargalhavam! Isso me fazia bem! Mas a política Imperialista era cruel. Vinda de uma educação rígida e irrigada, onde só a honra prevalecia. Era melhor morrer do que ser envergonhado. AMOR era apenas uma palavra no vocabulário. Rir com uma história! Jamais...
Meus pais faleceram e eu ainda vivi por anos...
Meu desencarne se deu aos 96 anos, em um dos meus abrigos que batizei carinhosamente de “Etem Aberto” na Província de Edo.
A última cena que registrei em vida , antes dos meus olhos se fecharem,  foram das crianças brincando de batalha. Uns eram  anjos e outros, demônios.
Reconheci o Deus menor Ahura Ormazol, que me conduziu carinhosamente a um lugar cheio de luzes. Lugar este onde pude voltar a minha verdadeira origem.

Helena Odgar

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Helena Odgar é mais que um avatar no sl, é uma amiga rl e uma super mãezona mesmo !
Te adoro muitão mãe de coração mais linda ! o avatar da Helena será cuidado pra sempre...
Obrigada por tudo...Rai

By R.G.






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prometo responder...
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